terça-feira, 1 de abril de 2014

Análise - O Cobrador (Rubem Fonseca)

No conto de Rubem Fonseca, relata-se a trajetória de eventos proporcionados por um psicopata, despertado dentro de uma sala de odontologia, quando perde a cabeça ao descobrir o preço de seu tratamento dentário. O Cobrador, sem ter um nome determinado dentro do conto, abomina a classe rica, tamanho é seu ódio que maior parte de seus alvos são pessoas pertencentes a tal classe, como o próprio dentista, aquele quem despertou seu lado psicopata.
                Podemos observar que o conto tem uma visão machista, sendo a maior parte dos aparecimentos femininos, (vítimas, estupros) não pesando tanto na história, ou serem melhor desenrolados, como por exemplo, a forma que o Cobrador descreve as mulheres
(com exceção de Ana, aquela por quem ele se apaixona ao decorrer do conto) as mulheres são descritas como um objeto, um produto.
                No fim, o Cobrador se mostra como sendo uma moeda, tendo seu lado psicopata e seu lado romântico, que no fim, acabam se juntando, criando um sentimento maior, finalizando o conto.



Rubem Fonseca

Em 11 de maio de 1925, Juiz de Fora (MG), nasce José Rubem Fonseca. Tinha o papel de comissário, em 1952 (antes de se dedicar totalmente a literatura) no 16º Distrito Policial do Rio de Janeiro, os fatos lá por ele vividos podem ser encontrados em seus livros. Em 1954, recebeu licença para estudar e dar aulas na Fundação Getúlio Vargas (RJ), dentro da escola da polícia destacou-se em Psicologia.
Foi escolhido com mais nove policiais para trabalhar nos Estados Unidos (1953 – 1954), aproveitando essa oportunidade para estudar administração de empresas, na “New York University”. Após sua saída da polícia, trabalhou na “Light”, até finalmente se dedicar completamente a literatura. Escreve também roteiros para filmes, por ser interessado na arte cinematográfica. Hoje viúvo, 88 anos, com três filhos.

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